O Bloco do Zé Almir nasceu nas ruas do Grande Bom Jardim, em 2016, por conta do Pré Carnaval, e em meio às rodas de samba realizada nos primeiros domingos de cada mês, no Centro de Umbanda Reis Tupinambá. O Bloco Zé Almir tem como referência a reunião dos simpatizantes do carnaval e consequentemente do ciclo carnavalesco da nossa capital; do encontro com a musicalidade veio a dança, com a dança mais pessoas, e com essas pessoas a necessidade de expressar essa reunião de forma pública e notória. O principal objetivo é espalhar a alegria pelas ruas, sobretudo no Bairro em que está inserido e na Avenida Domingos Olímpio, principal palco do Carnaval de Rua de Fortaleza. A partir de 2017 passou a ser contemplado pelo Edital do Pré Carnaval da Prefeitura de Fortaleza, o que alavancou mais ainda a sua organização e existência. Na avenida chega com o tema "Tem Malandro no samba" e assim se integra a grande massa de Blocos da nossa cidade. Em 2018, saiu com o tema "Malandro de fé". Além do pré-carnaval, ganhou a avenida Domingos Olímpio durante o carnaval, buscando o reconhecimento para participar efetivamente do desfile oficial da avenida. Em 2019 saiu com o tema "Eu sou do Zé Almir, quem quiser pode vir" cujo samba homônimo ficou em segundo lugar do Concurso Benfolia. Mais uma vez participou informalmente do carnaval na Domingos Olímpio, e assim completou os dois anos de passagem na avenida, exigência do regulamento para o credenciamento de participação oficial no desfile. Em 2020, agora como Bloco oficial, teve como tema "Malandro de Fé pra quem tem fé", ficando empatado em 3º lugar. Em 2020 participou de forma virtual do Festival Negrarte com a Live do “Bloco do Zé Almir – Tributo a Bezerra da Silva, o imortal” e por fim já em 2021, fizemos o Batuque do Zé Almir, como celebração pela construção da Sede do Bloco do Zé Almir.
Passado o carnaval de 2020, veio a triste realidade da Pandemia pelo Vírus Covid-19. A classe artística e de eventos foi seriamente prejudicada. Foi o primeiro setor a parar e certamente será o último a retornar às atividades devido às medidas de isolamento e distanciamento, imprescindíveis à contenção da doença. São os artistas, os grandes responsáveis pela manutenção da nossa cultura, memória, identidade cultural além do que movimentam uma grande cadeia produtiva gerando emprego, renda, economia criativa. Parou também o Bloco do Zé Almir. Sem ensaios, sem samba, sem alegria. Mas restou a esperança e a força desse povo sofrido da periferia que não desiste nunca de ser feliz. E aí o Bloco do Zé Almir passou a realizar ações sociais dentro e fora da sua comunidade, visando amenizar o sofrimento, com distribuição de cestas básicas, água, leite pasteurizado, álcool e máscaras. Tudo fruto de parceria com órgãos do município, estado e alguns empresários. Na realidade o trabalho nunca parou, apenas mudou o ritmo ao invés do samba o trabalho foi de solidariedade.
E assim a alegria e o colorido, agora, reacendem com o Samba do Bloco do Zé Almir 2022: “Zé Almir e as Marias”.