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Mãe Bia sugeri que o que as pombagiras são hoje é também o que permaneceu porque foi preenchido de sentido. A cada dia, a cada incorporação, surgem ou se "reatualizam" figuras femininas capazes de oferecer continente às mais plurais possibilidades de vivências do feminino. Há acolhimento para que outros registros saiam do grotesco, pornográfico e "satanizado" para atribuir sentido a algo que parece reclamar insurgência. Além de serem uma possibilidade de elaboração de "tipos sociais" femininos marginalizados, as pombagiras possibilitam ainda que o que não era dito seja vivido. Evocam-se o nomadismo e o desapego dos ciganos, a morte e a doença, a sexualidade e o erotismo, a luxúria e a vaidade, de maneira que o que se tenta(va), expurgar a umbanda, inclui em sua sacralidade e entrega a cada emoção o seu lugar.