Quadrilha Infantil Raízes do Sertão de Amanari
E-mail: raizesdosertao1.7@gmail.com
Telefone Público: (85) 98926-6435
Endereço: Rua Teixeira de Souza, S/N , Amanari, 61979-000, Maranguape, CE
Estado: CE
Município:
CEP: 61979-000
Logradouro: Rua Teixeira de Souza
Número: S/N
Complemento:
Bairro: Amanari
Descrição
Visando resgatar a cultura junina dentro da cidade de Maranguape, especificamente no distrito de Amanari, a Quadrilha Infantil Raízes do Sertão deu início às suas atividades no ano de 2015 em busca do alcance de tal objetivo. O grupo já está em preparação para sua 6ª (quinta) temporada de apresentação no movimento junino, levando em consideração estar entre as melhores quadrilhas juninas da categoria infantil, resultado dado nos Festivais Cearenses dos anos de 2017, 2018 e 2019, ressaltando que no ano de 2018 a quadrilha obteve os títulos de: Melhor Casal de Noivos, melhor Marcador, melhor Casamento e melhor Repertório do Estado do Ceará, no Festival Cearense de Quadrilhas Juninas. Este projeto busca dentro das suas possibilidades promover a formação de novos integrantes no cenário junino estadual, desenvolvendo um trabalho de cunho social num distrito que se encontra em zona de vulnerabilidade social, dando ênfase na multiplicação e fomentação dos conhecimentos desta área cultural, bem como o reconhecimento deste manifesto como referencial da cultura local. Dessa forma, garantimos que até chegar à vida adulta este trabalho contribuirá para a formação pessoal e profissional do público assistido, além de garantir que haja a valorização e a preservação da cultura junina infantil, transformando-os, futuramente, em exímios multiplicadores e promotores da cultura junina, colaborando diretamente com o fortalecimento do movimento dentro da cidade e expandindo-o para o estado.A Quadrilha busca resgatar e incentivar a Cultura junina Infantil.
No ano de 2020, traremos como tema “Os Paraíbas” que retrata a questão da xenofobia contra os nordestinos. Explicando um pouco desse conceito, podemos dizer que a xenofobia é um medo incontrolável do desconhecido e que é caracterizada como um preconceito ou em alguns casos como um transtorno psiquiátrico e isso vai depender muito do contexto em que ela está sendo utilizada, no caso de nós nordestinos, é uma forma de preconceito e racismo para como nossos costumes e tradições.
É muito comum encontrar pessoas no Brasil que ainda compreendem os nordestinos como uma raça inferior, um povo miserável sob todos os aspectos, inclusive desinformado, criando uma aversão e discriminação com as pessoas que vivem no nordeste brasileiro e tornando-se um xenofóbico por se julgar diferente dos outros em relação aos seus costumes, crenças e tradições e com isso desenvolve o preconceito contra quem sua mente doentia acha que deve.
Dentro dessa perspectiva iremos contar uma história de um grupo de nordestinos que saíram em retirada do sertão cearense em busca da sobrevivência. Passando dias e noites de fome e sede, eis que surge o improvável: um homem que se denominava dono da Fazenda Sul, o mesmo oferecera comida, estadia, água potável e roupas, tudo isso em troca da mão-de-obra dos nordestinos. Sem perder a fé e acreditando ser um milagre de Deus após todos os seus lamentos, os sertanejos veem a chance de construir uma nova vida e assim sobreviverem neste mundo tão cruel. Mas como diz o velho ditado popular “quando a esmola é grande o santo desconfia”, nada era como eles imaginavam, o homem se mostrou tão rude e cruel, a vida fora da Fazenda Sul seria muito melhor que a que estavam vivendo ali.
Fome, sede, surras, castigos, mortes, maus tratos e a violência psicológica por todos os insultos, deboches e preconceitos por serem nordestinos, sendo o termo mais utilizado: paraíbas. Mesmo com todo o sofrimento, o sertanejo nunca perde sua Fé e tinham a esperança de que um dia tudo aquilo iria acabar e dias melhores iriam chegar. Diante tudo isso, uma bela e desconhecida moça chamada Maria surge para ajudar os nordestinos que sofriam dentro da fazenda, ninguém sabia de onde ela era, só sabiam que sempre estava disposta em ajudar a todos. E nessas idas e vindas ela conhece João, um cearense arretado, que não concordava com as ações de seu patrão, o mesmo liderava um grupo que buscava a todo custo fugir daquele sofrimento. Os dois iniciam um indo romance, uma história cheia de mistérios, riscos e aventuras.
Uma das sertanejas do grupo de João estava grávida e não poderia ser descoberta pelos capangas do fazendeiro, pois eles tomariam o bebê e ninguém saberia o paradeiro da criança, então os dois decidem criar um plano que distraísse o fazendeiro e a mulher pudesse dar a luz a seu filho sem que ele descobrisse. Os dois propõem realizar uma quadrilha na fazenda para celebrar a fartura, pegarem mantimentos para a fuga e selar o amor deles e na mesma noite, em matrimônio. A noite se aproxima e os preparativos vão a todo vapor sem que o fazendeiro desconfie de nada.
A festa inicia e tudo estava dentro dos planos até que um dos capangas da fazenda descobrem as armações dos nordestinos e contam tudo para o malvado homem, até a realização do casamento. Sem muito pensar, ele ordena que todos os “paraíbas” retornassem para o alojamento, passariam 7 dias e 7 noites de fome e sede. Além de descobrir que a sertaneja estava dando a luz naquele momento e ordenar que levem seu filho embora, o malvado fazendeiro ordena que a alegria dos noivos seja findada por um ato de grande maleficência, cegar a amada de João. De imediato os capangas realizam o ato na moça com o véu no rosto e ao tirarem a coberta de seu rosto descobrem o impossível, Maria era a filha do fazendeiro e que nunca havia concordado com as atitudes de seu pai e decidiu ajudar os nordestinos a se libertarem daquele sofrimento. Todos ficam perplexos com a descoberta e a maldade do homem logo foi convertida na dor e sofrimento em ver o estado da sua única filha diante dos seus olhos. Assim, ele roga a todas as Marias que intercedam pela sua filha e a força da mulher sertaneja é representada pela representante maior do grupo, esta que lidera uma revolta das mulheres nordestinas. Será que Maria volta a enxergar? Os nordestinos conseguirão furgir? O fazendeiro se renderá aos costumes e tradições dos nordestinos, respeitando-os e libertando-os? O desfecho dessa história você poderá conferir no espetáculo do nosso grupo em 2020.
Essa trama acontecerá durante a apresentação da quadrilha, marcada por coreografias que arremetem as características da alegria e festividade da vila de pescadores. Animada por músicas de grandes intérpretes e grupos juninos tradicionais. A ideia é proporcionar uma história emocionante, que tocará o coração de todos os presentes, por se tratar do amor interpretado e apresentado por crianças. Mostrando assim a valorização desses personagens marcantes da cultura nordestina.
Presidente: F. Chagas (2015 a 2020)
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