Coletivo

Associação Aracatiense da Arte Capoeira

Área de Atuação

Cultura Popular

Funções

Descrição curta

Ações artístico culturais como aula de capoeira, maculelê, oficinas/vivências de música/batuque, dança/corporalidade, rodas de capoeira e cortejo do Maracaty Nação Bons Ventos nas comunidades tradicionais e periféricas como: Vila Rafael, Canoa, Estevão, Cumbe, Majorlândia, Caraço, Tabajara, Bairro N S Lourdes. Contribuindo para a difusão da tradição da Capoeira e do Maracatu Cearenses.

Descrição

Misto de luta e dança, visto como jogo e/ou forma de esporte a capoeira é hoje uma das maiores manifestações da nossa cultura. Essa interação luta-dança-esporte; traz ainda toda expressividade corporal na coordenação dos movimentos corporais, exigindo sobretudo: coragem, versatilidade (ginga) e malícia (esperteza) de seu praticantes. Nos dias atuais é crescente o interesse de crianças, adolescentes, jovens e adultos que buscam na capoeira uma afirmação social, a descoberta de novos símbolos no esporte, a performance biológica, psicológica, sociológica e fisiológica, além de uma desejável participação cidadã e comunitária.
Luta, dança, manifestação folclórica, são algumas das muitas características empregadas à Capoeira, dessas, nenhuma está referencialmente equivocada “A capoeira é tudo o que a boca come”, já dizia o renomado Mestre de Capoeira Angola, Pastinha. O seu diferencial está justamente nestas possibilidades de adaptações em suas nuances, é o que faz com que seja ensinada e estudada cada vez mais com seriedade, tendo hoje uma abordagem acadêmica enfatizada não só no estudo da mecânica dos movimentos técnicos, como também o seu conteúdo antropológico, social, histórico e cultural. Sua importância é sentida em cerca de três milhões e meio de praticantes, presentes em academias, clubes, associações, escolas e universidades de todos os continentes do mundo, onde nós da Associação Aracatiense da Arte Capoeira, filiada à ABADÁ-CAPOEIRA, contribuímos para ampliar ainda mais estes números.
O processo de ensinamento, de aprendizagem e a dinâmica que têm a Capoeira, fundem-se com o indivíduo em sua totalidade e sinaliza para novas aprendizagens de modo nem sempre lineares. Podemos dizer com real convicção que a Capoeira é sem dúvida a única arte, esporte, luta brasileira, que agrega valores éticos e comportamentais, que estabelece limites e determina compromissos corporais e psicológicos junto aos seus praticantes, estreitando assim, um laço muito forte entre o indivíduo e o respeito ao seu corpo. A espontaneidade e a ludicidade que a mesma contém, instiga ao desenvolvimento, a criatividade e conseqüentemente ao crescimento do ser humano.
O projeto busca, além de fortalecer um trabalho que já vem sendo realizado em âmbito local e regional de modo a resgatar os costumes culturais das comunidades através do incentivo à cultura. Na performance do Maracatu o batuque, o canto e a dança se interligam numa dramaturgia própria, expressando a cosmologia e a visão de mundo dos povos da diáspora indígena e africana, onde esses elementos não se separam. Dessa forma, a performance do Maracatu abre um espaço para infinitas possibilidades de criação e experimentação estética no âmbito da dança, trazendo a memória dos saberes ancestrais expressos no movimento e nos códigos corporais e podendo a partir desses, gerar novas criações e possibilidades artísticas.
Ao adotar como objeto uma dança dramática e tradicional, o projeto destaca também o Maracatu como elemento estruturante de suas ações, perpassando os processos da produção, da difusão, da memória, da pesquisa, da circulação, da experimentação e da economia criativa: viabilização das aulas de capoeira e co cortejo de maracatu em toda a sua cadeia educaciona, criativa e de produção, desde a concepção, montagem, logística, rodas de capoeiras e apresentaçõe; pesquisa das raízes africanas e da performance de dança dos Orixás, realização de rodas de capoeiras e ensaios abertos na Rua Dragão do Mar (Broadway) de Canoa Quebrada e na Praça da Coluna em Aracati; apresentações públicas no calendário próprio e eventos do calendário da prefeitura e das comunidades envolvidas; ocupações de espaços públicos pesquisa das possíveis origens da capoeira e do maracatu e de seus resquícios históricos no município; vivências, rodas de saberes e reflexões sobre tradição, memória, identidade e cultura popular; promoção de uma cadeia produtiva começando pela aquisição de insumos no comércio local. Criando ainda, oportunidades para ambulantes e comércio no local dos eventos, além do fomento ao turismo local, potencializando assim a geração de trabalho e renda para profissionais da cultura e demais cidadãos do município de Aracati, e, dentre outros aspectos, promoção da economia da cultura no estado do Ceará.
Para tanto, a fim de viabilizar o projeto, organiza o seu conjunto de ações (expresso nos objetivos e detalhado no Plano de Trabalho) em três eixos estruturantes: estrutura, logística e vivências. 1- Estrutura: compreende o conjunto de ações que forneçam o suporte necessário para a execução das atividades propostas, como a sonorização e aquisição de instrumentos musicais, equipamentos audiovisuais, materiais de produção de fantasias e adereços e outros. 2- Logística: compõe as ações que garantam as atividades diárias do Projeto, como aula de capoeira e maculelê, saídas do cortejo, ensaios, vivências, oficinas e produções geradas no decorrer do processo. 3- Vivências: abarca as ações referentes à realização de oficinas para os integrantes e participantes da Associação visando o aprimoramento técnico e a troca de saberes e fazeres com mestres e mestras da Capoeira e da tradição do Maracatu em seus elementos constituintes: música/batuque, dança/corporalidade, canto, história, artes visuais, indumentária, figurino e adereço.
Nossas ações atualmente atingem 8 comunidades Rurais, Períféricas e Povos e Comunidades Tradicionais do Município de Aracati, sendo elas: 1- Vila Rafael: Comunidade Periférica localizada na Zona Urbana do Município de Aracati, marcada por conflitos e violência, com maioria de famílias vivenciando situação de vulnerabilidade social. Destaca-se pela existência do Projeto Som da Vila onde são realizadas atividades sócio-artístico-culturais como: dança, circo, teatro, maracatu e produção de marmitas de baixo custo, que durante a pandemia foi fundamental para a sobrevivência de centenas de famílias e população em situação de rua. Nosso projeto da aula de dança afrobrasileira e indigena nesta comunidade. 2 - Canoa: Praia Turística, famosa por suas falésias e pela famosa Rua Dragão do Mar (Broadway), em contraste com a vulnerabilidade de parte de sua população cujas crianças em situação de vulnerabilidade e demais adolescentes são contemplados com aula de capoeira e maculelê. 3- Vila Estevão: Situada na praia de Canoa Quebrada, tem este nome devido a uma família que chegou no local em 1932, construindo uma casinha de taipa. Hoje é habitada pelos nativos pescadores e preserva os traços da cultura tradicional. Destaca-se por sua luta pela posse da terra, conquistando o domínio coletivo da terra resultante do processo chamado pelos habitantes de “a luta”. Atualmente, com uma população em torno de 350 pessoas, tem como principal atividade econômica a pesca, o artesanato e o turismo. No Maracatu compõe o Cordão das Negras com a pesquisa do gestual e coreografia e o Batuque. 4 - Comunidade Quilombola do Cumbe: foi certificada pela Fundação Cultural Palmares em dezembro de 2014. De maioria negra/quilombola, a comunidade é composta de 168 famílias, destas 100 se autodefinem como quilombolas, formada na sua maior parte, por pescadores/as quilombolas do mangue, agricultores/as, artesãos/ãs e demais ofícios, onde tem na relação com seu território tradicional (manguezais, carnaubais, dunas, gamboas, rio e o mar) seu principal meio de vida. No Maracatu compõe a ala dos quilombolas com os Papangus. 5 - Majorlândia: Praia situada no município de Aracati, com população sobrevivendo do turismo e pesca artesanal, se destaca pela produção cultural com o Côco e o Pastoril famosos na região. Tem aulas de Capoeira e maculelê e compõe a Corte Real e os Orixás no Maracatu. 6 - Caraço: Comunidade rural situada próxima às praias, se destaca como uma comunidade com uma associação comunitária ativa que vem realizando pelo segundo ano o seu festival de gastronomia e cultura e implementando o projeto permacultural na construção de sua sede e produção de cerâmica. Forma a ala das baianas e dos índios. Tem aula de capoeira e dança afrobrasileira. 7 e 8 - Bairro Nossa Senhora de Lourdes e Comunidade Tabajara: Comunidades Periférica da cidade, marcada por grande número de famílias em situação de vulnerabilidade, tem aula de Capoeira. Dessa forma a Associação Aracatiense da Arte Capoeira junto ao Maracaty Nação Bons Ventos trabalha com a ideia das comunidades envolvidas como protagonistas de sua história, atuando diretamente na formação, produção e fruição cultural e artística com acesso livre ao público, não só como espectadores, mas como sujeitos/as conscientes, produtores/as de cultura afrobrasileira.
A parceria com o Estado do Ceará proposta nesse projeto pretende então garantir recursos financeiros necessários à manutenção e sustentabilidade das ações da Associação Aracatiense da Arte Capoeira, bem como a difusão das tradições afro-brasileiras da capoeira e do maracatu cearense em Aracati junto ao Maracaty Nação Bons Ventos, visando o desenvolvimento humano e cultural de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos em situação de risco e vulnerabilidade social, bem como a possibilidade do empoderamento das suas habilidades.


Por fim, trazemos alguns dados referente ao alcance das nossas ações: mais de 600 pessoas já foram contempladas diretamente com as atividades da Associação Aracatiense da Arte Capoeira como aulas, oficinas, vivências, rodas de capoeira, palestras e congêneres; tais ações aconteceram em mais de 08 escolas entre municipais, estaduais e federais dos municípios de Aracati-CE e Beberibe-CE, a exemplo de: EEMTI Prof. Elsa Maria Porto, EEMTI Barão de Aracati, EEFTI Darcy Ribeiro, EEF Antonieta Cals, EEF Apolinário Joaquim Monteiro, EEF Heriberto Porto, EEM Jaime Tomaz de Aquino - Beberibe-CE e Instituto Federal do Ceará (IFCE) Campus Aracati-CE; também estivemos realizando atividades em pelo menos 08 comunidades tradicionais e periféricas, tais como: Vila Rafael, Vila Estevão, Canoa, Majorlândia, Caraço, Quilombo do Cumbe, Quilombo das Ubaranas, Córrego do Retiro; mais de 15 mil pessoas assistiram nossos Batizados, Rodas de Capoeira, Cortejos do Maracatu na famosa Rua Grande (Rua Coronel Alexanzito, onde acontece o Carnaval Cultural de Aracati), no 1º e 2º Festival Dragão do Mar na Rua Dragão do Mar (conhecida por Broadway) em Canoa, no Calçadão da Orla da Barra do Ceará, no Teatro Municipal de Aracati, no III Festival Gastronômico de Aracati, no 12º e 13º Encontro SESC Povos do Mar e nas apresentações realizadas pela Associação nas comunidades contempladas pelo projeto

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Publicado por

Claudenisse Barbosa Paulo

Claudenisse Barbosa.
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